TDAH :5 Sintomas Comuns

O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) não é uma doença no sentido clássico, mas sim uma síndrome caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas que costumam se manifestar desde a infância e podem persistir até a vida adulta. Quando uma criança com TDAH cresce, o transtorno pode continuar a afetá-la, muitas vezes de uma forma um pouco mais adaptada ou ajustada. Se manifesta por déficits de atenção e hiperatividade. Embora o quadro mais comum inclua ambos os sintomas, é possível que uma pessoa tenha apenas um dos aspectos.

Essa condição é de origem genética e não é causada por fatores traumáticos ou metabólicos. O TDAH pode variar em gravidade, desde formas leves que causam algumas dificuldades até formas mais severas que impactam significativamente a vida acadêmica, escolar e social do indivíduo. Embora o TDAH seja frequentemente diagnosticado em crianças, seus sinais e sintomas podem persistir durante a adolescência e a vida adulta

Neste post, vamos explorar cinco cenários comuns em pessoas que lidam com essa condição.

1. Dificuldade em Manter a Atenção

Um dos sinais mais evidentes do TDAH é a dificuldade em manter a atenção. Isso pode se manifestar como uma incapacidade de se concentrar em uma tarefa por um longo período, prestar atenção ao que os outros estão dizendo, ou perceber detalhes importantes em atividades. Muitas vezes, esses comportamentos podem ser mal interpretados como preguiça ou falta de interesse.

2. Hiperfoco

Curiosamente, além da dificuldade em manter a atenção, algumas pessoas com TDAH experimentam o fenômeno oposto: o hiperfoco. Isso ocorre quando a pessoa fica tão absorvida em uma atividade que ignora tudo ao seu redor. Embora o hiperfoco possa se manifestar em tarefas importantes, como o dever de casa, também pode levar a um envolvimento excessivo em atividades menos significativas.

3. Impulsividade

Outro aspecto do TDAH é a impulsividade. Pessoas com TDAH podem interromper os outros, não acompanhar a conversa ou cometer gafes. Essa impulsividade pode fazer com que pareçam apressadas e desconsideradas, o que pode criar desafios nas interações sociais e profissionais.

4. Desorganização

A desorganização é um desafio comum para pessoas com TDAH. Manter a ordem e a rotina pode ser particularmente difícil, resultando em uma vida cotidiana mais caótica. Isso se traduz em problemas para organizar tarefas, encontrar e guardar objetos e seguir uma sequência lógica nas atividades diárias.

5. Falta de Motivação

A falta de motivação é outro sintoma frequentemente associado ao TDAH. Quando combinada com desorganização, pode gerar enormes dificuldades no cumprimento de tarefas importantes, seja em casa, na escola ou no trabalho. A sensação de estar sobrecarregado com tarefas não atraentes pode ser sufocante.

Livro recomendado: Mentes Inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade

Diagnóstico e Tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)

O diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é realizado por meio de uma avaliação neuropsicológica completa e da análise do histórico familiar e evolutivo do paciente. É crucial considerar que o TDAH não surge repentinamente na vida adulta; ele se desenvolve ao longo da infância e persiste na vida adulta. Se os sintomas aparecem apenas na fase adulta, a probabilidade de ser TDAH é menor.

Para um diagnóstico oficial, são necessários:

1. Avaliação Neuropsicológica Completa: Um exame detalhado das funções cognitivas e comportamentais.
2. Exames de Imagem e Eletroencefalograma: Ressonância magnética e eletroencefalograma são usados para excluir outras condições, como atividade epiléptica.
3. Prova Terapêutica: Testar medicamentos estimulantes, como o metilfenidato (Ritalina, Concerta) e o lisdexanfetamina (Venvanse), para avaliar a resposta ao tratamento. Embora possa parecer contraditório, esses medicamentos estimulantes ajudam a aumentar a concentração e reduzir a hiperatividade em pessoas com TDAH. É importante que esses medicamentos sejam usados sob acompanhamento médico rigoroso, pois há risco de abuso. Eles são classificados como medicamentos controlados e só podem ser prescritos por médicos especializados.

Não se deve prescrever medicamentos apenas com base em baixo desempenho escolar ou dificuldades momentâneas. Para um diagnóstico preciso, é essencial realizar uma avaliação completa e seguir as orientações médicas para o tratamento adequado do TDAH.

Conclusão:

Se você se identificou com algum desses cenários ou conhece alguém que se encaixa nesse perfil, é essencial buscar informações e ajuda especializada. O TDAH pode ser desafiador, mas com o suporte adequado, é totalmente possível viver uma vida plena e satisfatória. Se você deseja saber mais sobre como lidar com o TDAH e encontrar estratégias para melhorar a qualidade de vida, não hesite em procurar ajuda profissional. Com compreensão e apoio, é possível superar as dificuldades e alcançar o sucesso em diversas áreas da vida.